Trabalhar em um regime inflexível era algo comum até pouco tempo atrás. Hoje, no pós-pandemia, soa como algo totalmente fora da realidade — afinal, milhões de profissionais ao redor do mundo descobriram as inúmeras vantagens de se manter uma rotina de trabalho híbrida.
Deslocar-se até um escritório nos cinco dias da semana e ainda ter o horário regrado e fixo trazia não apenas uma falsa ideia de produtividade, como também um cansaço mental e físico para os colaboradores submetidos a essa rotina.
Uma pesquisa feita pela IWG (Internacional Workplace Group) em 2021 concluiu que quase 50% dos funcionários entrevistados afirmaram que largariam o emprego se tivessem que voltar para o trabalho 100% presencial. Além disso, três em cada quatro diziam preferir o regime híbrido em relação ao tradicional.
O que antes se apresentava com uma tendência já está mais que validado e consolidado. Empregadores que delimitam o estilo de trabalho, o horário e a rotina de seus colaboradores já estão com problemas reais para montar e manter seus times, engrossando as estatísticas do movimento da “grande demissão”. Hoje, quem comanda e determina todos esses tópicos são os próprios funcionários.
A força de trabalho passou a ser mais exigente quando se coloca a saúde mental em jogo, colocando, de forma quase unânime, a melhora na qualidade de vida e o equilíbrio entre o profissional e o pessoal à frente até da condição salarial.
Se você ainda está com dúvidas sobre esse novo modelo de trabalho, trago alguns insights que podem mudar sua forma de encarar a situação. Para começar, vale ressaltar que o modelo híbrido não mata o escritório, ele só reinventa seu uso. Isso quer dizer que, agora, seu espaço físico não serve apenas para que cada colaborador puxe uma cadeira e execute suas tarefas, mas que ele é principalmente um local de integração, de conexão e de reforço da cultura da empresa.
Esse novo espaço precisa entregar o que o home office não consegue: o poder do encontro e do contato com os colegas, a troca de ideias, a interação real. Além disso, se você quer implementar essa nova estrutura de trabalho na empresa e ainda não sabe muito bem por onde começar, entenda que existem basicamente cinco modelos diferentes para você testar e descobrir qual funciona melhor para o seu time.
O primeiro formato é o conhecido como “60%-40%”, em que o time passa 60% do tempo no escritório e pode trabalhar onde quiser nos outros 40%. Outro formato é o “centrado no escritório”: a equipe trabalha principalmente no escritório, usando o formato remoto apenas se necessário. O oposto desse é o “centrado no remoto”, que considera o trabalho remoto como primordial, ficando então a ida ao escritório apenas em casos específicos.
Os outros dois modelos restantes são muito utilizados por startups e empresas de tecnologia no geral: o “split” ou “hubs”, que varia conforme a função do colaborador na empresa, de maneira dividida entre o híbrido, o remoto e o presencial, contando com hubs de apoio ou coworkings; e o “descentralizado” ou “anywhere office”, no qual os escritórios centrais não existem, dando lugar aos coworkings ou hubs descentralizados que apoiam os colaboradores mais perto de sua residência.
Portanto, independentemente do formato adotado, é essencial saber que o futuro das organizações será cada vez mais baseado em qualidade de entrega, e não em quantidade. A exaustão será substituída pela criatividade e pela produtividade natural, consistente e sustentável. Afinal, esse é também o futuro do trabalho.
A Regus tem a maior rede de espaços de trabalho e coworking do mundo, estando presente em mais de 3 mil localidades em 120 países. Com soluções flexíveis de escritórios totalmente mobiliados e prontos para usar, temos ambientes de trabalho profissionais e inspiradores, ideais para negócios de todos os tamanhos e orçamentos. Assim, você se livra dos custos de instalação, do investimento de capital e dos incômodos constantes: nós eliminamos o fardo do gerenciamento da propriedade.
Tiago Alves é CEO da Regus & Spaces no Brasil e autor do livro “Nem Home Nem Office”
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