O Louisiana Channel, plataforma digital do Museu de Arte Moderna da Louisiana, tem estimulado, ao longo dos anos, debates sobre arquitetura, arte e o mundo criativo em geral. A série de arquitetura oferece uma visão fascinante do processo de reflexão de arquitetos ilustres e seu trabalho. A seguir, compilamos sete das entrevistas mais inspiradoras publicadas pela plataforma este anos, sobre assuntos tão variados como cidades, filosofia e projeto.
As entrevistas foram realizadas em inglês e, infelizmente, não contam com legendas em português.
A arquiteta alemã Anna Heringer fala sobre o recém-inaugurado Centro Anandaloy em Bangladesh, um espaço social que se tornou um catalisador para o desenvolvimento local. A arquiteta compartilha seu compromisso com a sustentabilidade e aborda a importância da transferência de conhecimento para as comunidades locais por meio de processos de construção participativos.
Junya Ishigami fala sobre Tóquio e sua visão sobre esta vibrante metrópole. Discutindo o que ele gosta na cidade, o arquiteto japonês destaca o policentrismo de Tóquio e explica como o fato dela ser composta por diferentes pequenas cidades permite que preserve características muito locais.
O arquiteto fala com paixão sobre o tempo como o recurso humano mais importante e por que essa noção deve ser aplicada à arquitetura: "A arquitetura ultrapassa a duração da vida humana." Anupama Kundoo reflete sobre o senso de urgência que rege o processo de design atual e convida os arquitetos a repensar seu trabalho.
"A arquitetura, creio eu, é necessária para marcar a memória coletiva." Um dos maiores arquitetos americanos da atualidade, Peter Eisenman, compartilha as reflexões que nortearam a construção do Memorial do Holocausto em Berlim e como ele procurou transformar o sentimento de "estar perdido no espaço e no tempo" em um memorial.
Jens Thomas Arnfred e Søren Nielsen, cofundadores do premiado escritório dinamarquês Vandkunsten Architects, falam sobre como nutrir o sentimento de comunidade por meio do projeto e refletem sobre a preocupação do estúdio em oferecer aos residentes "uma chance de se conhecerem e estarem juntos fazendo algo."
"Se as coisas criadas pelos humanos deveriam funcionar ao lado das coisas naturais, a passagem do tempo é necessária. Somente a passagem do tempo trará o tipo de paisagem que desejo criar", disse Junya Ishigami ao falar sobre seu projeto premiado, a paisagem poética Water Garden.
O vencedor do Prêmio Pritzker, Balkrishna Doshi, narra como se tornou um arquiteto premiado, suas crenças e cultura hindus tradicionais e por que ele considera uma obra um organismo vivo e em crescimento.